TODO NÓDULO NO PULMÃO É CÂNCER?


Esta talvez seja a principal pergunta a ser respondida quando nos deparamos com um nódulo ou uma mancha no pulmão.

E a resposta é NÃO.

Tudo depende da história do paciente, dos fatores de risco para desenvolver a doença.

Por exemplo, pacientes com histórico familiar de câncer, pacientes que fumam ou fumaram, pacientes que já tiveram alguma forma de câncer ou outras doenças pulmonares têm mais chances de que um nódulo pulmonar possa ser câncer.

O mais importante nesta hora é buscar o diagnóstico preciso e o acompanhamento necessário, pois quando identificado precocemente, há grande chance de cura da doença. 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

A sequência diagnóstica inicia-se com a história clínica, exame físico e radiografia de tórax. Na suspeita de nódulos/manchas, a realização da tomografia computadorizada é o próximo passo para definir as características da lesão e a relação com as estruturas adjacentes. 

Muitas vezes a imagem do exame e o acompanhamento já podem definir a natureza benigna ou maligna do nódulo. A confirmação do diagnóstico é realizado por biópsias feitas por broncoscopia (uma endoscopia respiratória ou ecoendoscopia – EBUS), por biópsias com uma agulha fina guiada por tomografia ou então pela retirada do nódulo por cirurgia minimamente invasiva (por vídeo).

A cirurgia tem sido cada vez menos invasiva para o paciente. São realizadas por vídeo (laparoscópicas). As biópsias de nódulos pulmonares podem ser feitas com técnica uniportal (um único corte), muitas vezes sem utilizar dreno, permanecendo de 24 a 48h no hospital na maior parte dos pacientes.

Caso seja confirmado o diagnóstico de uma doença maligna (câncer), procede-se ao estadiamento (definir em que estágio está a doença) para planejar o tratamento e definir o prognóstico. Para isto, utiliza-se uma classificação chamada TNM que considera o tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos (gânglios – ínguas) e metástases a distância (se a doença se espalhou).

O uso da PET-CT e as biópsias guiadas por ultrassom endobrônquico (EBUS) e esofágico (EUS) podem ser usados neste estadiamento. A mediastinoscopia por vídeo também pode ser utilizada para complementar esta investigação do comprometimento dos linfonodos do mediastino.

E como é feito o tratamento ?


O tratamento depende totalmente do diagnóstico da doença. É preciso saber exatamente o que está acontecendo para poder oferecer o tratamento mais adequado.

Nos pacientes com doenças benignas, normalmente o tratamento envolve o acompanhamento e às vezes a retirada da lesão.

Nos pacientes com doenças malignas (câncer), depende muito do tipo do câncer e de qual estágio está a doença. 

Pode envolver cirurgia para a retirada completa do tumor, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia complementares ou a realização combinada de radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

Sempre levando em conta a melhor evidência científica disponível e a individualização do tratamento de acordo com as características de cada paciente.

Atendemos pacientes com qualquer complexidade da doença, incluindo desde os pacientes em estágios iniciais, até aqueles com tumores avançados complexos, localmente avançados e invasivos.